França: Segundo os dados do estudo realizado pelo Observatório da Emigração, este continua a ser o país mais procurado pelos portugueses para emigrar. França pode proporcionar boas condições e oportunidades, sobretudo por já existir uma grande comunidade portuguesa aí emigrada, o que facilita a integração e comunicação. Por outro lado, é também uma economia central na Europa, ainda que também afetada pelas crescentes dificuldades trazidas pela crise. Existem sobretudo portugueses que escolhem este destino para irem ter com familiares ou amigos que já lá se encontram, mas também jovens qualificados que procuram trabalho, maioritariamente nas áreas de informática e saúde.
Estados Unidos: Ainda que com valores abaixo da emigração para França, os Estados Unidos foram, segundo o Observatório da Emigração (OE), o segundo país preferido dos portugueses. Apesar das dificuldades para obter o visto que permite viver e trabalhar nos EUA, graças às restritas leis de emigração, muitos portugueses continuam a partir pelo desejo de viver o sonho americano. Na América, para além de um elevado nível de desenvolvimento económico, existe um grau crescente de inovação nas áreas da tecnologia, ciência e saúde. A comunidade portuguesa nos Estados Unidos encontra-se maioritariamente nas cidades de Boston, Nova Iorque, Newark, S. Francisco, New Bedford e Providence, de acordo com os dados da plataforma Trabalhar na América. Os portugueses que trabalham nos EUA distinguem-se sobretudo na área da indústria.
Suíça: A Suíça é o terceiro país que mais portugueses acolheu entre 2001 e 2011, de acordo com os resultados do estudo do Observatório da Emigração. No entanto, é possível que este dado seja alterado, devido às novas leis do mês passado, que restringem a entrada de imigrantes no país. Algumas são as razões que levam os portugueses a escolher a Suíça como país de destino para emigrar: entre elas destacam-se as boas oportunidades de emprego e as boas condições de vida que o país proporciona, nomeadamente no que diz respeito a boa remuneração salarial. Os portugueses emigrados na Suíça trabalham sobretudo nas áreas da indústria, restauração, hotelaria e construção civil. Os maiores entraves relativamente à emigração na Suíça são as elevadas rendas dos imóveis e as dificuldades de comunicação – é importante dominar bem o francês ou o alemão.
Alemanha: A República Federal da Alemanha é, desde os anos sessenta, um país de destino para os emigrantes portugueses. Mesmo com a queda do Muro de Berlim e com a unificação germânica do pós-guerra fria, os alemães continuaram a aceitar os portugueses. Estima-se que 2% da população tenha nacionalidade portuguesa, valor que é estável desde 2006. O fato de ser um país da União Europeia facilita a entrada de compatriotas lusos, apesar do obstáculo da língua e de algumas situações de extremo racismo por parte de grupos de skinheads. Só em 2011 deram entrada 5.752 portugueses, sendo mais de 50% com 40 a 64 anos.
Luxemburgo: Entrar na cidade do Luxemburgo é uma surpresa, devido à comunidade portuguesa que lá se encontra estabelecida. Encontrar alguém que fale português, seja no aeroporto seja no supermercado é relativamente fácil. Em 2011, já 11% dos nascimentos tinham nacionalidade portuguesa, num total de 37% de portugueses residentes neste pequeno país. O Luxemburgo continua a ser um destino para os emigrantes portugueses, que encontram neste grã-ducado europeu estabilidade para a sua vida pessoal e profissional. Nos censos de 2001, estimou-se que 58,657 habitantes tinham a nacionalidade portuguesa, valor que tem crescido nos últimos anos.
Reino Unido: No Reino Unido verifica-se um crescente aumento da população emigrante, das suas ex-colónias (India, Paquistão) mas também da União Europeia e, claro está, de Portugal. Segundo o Observatório da Emigração, em 2012, cerca de 163.773 portugueses estavam emigrados neste país contribuindo 120.545 euros de remessas registadas para Portugal. Várias são as associações de portugueses existentes na Grã Bretanha, um deles o Portuguese Associton of Researchers and Students in the Uk que tem representado um créscimo no número de associados com qualificações ao nível do ensino superior e na investigação científica.
Angola: Emigrar, no caso de países africanos, muitas vezes, é um voltar de novo. Verifica-se um crescente número de emigrantes portugueses, uma espécie de segunda geração, a regressar ao seu local de nascimento ou de infância. Referindo um artigo da revista norte-americana Times (publicada em Maio de 2012), as ex-colónias são um dos destinos mais prováveis para fugir ao desemprego. Aqui se menciona que, desde 2011, 2% da população portuguesa ( mais de 240 mil pessoas) decidiu emigrar. Este país africano representa uma economia em ascenção, com recursos naturais como o petróleo e os diamantes. Atualmente vivem em Angola 100 mil portugueses, grande parte na capital Luanda, que é considerada uma das cidades mais caras do mundo.
Canadá: É outro dos países onde existem mais portugueses emigrados; mais de 150 mil portugueses escolhem o Canadá como destino predileto para emigrar (dados do Observatório da Emigração). Este pode ser uma escolha com potencial, na medida em que o país tem vindo a promover, desde o ano passado, a entrada de emigrantes, devido à falta de mão-de-obra qualificada, sobretudo nas áreas de construção civil e outras áreas mais abrangentes como tecnologias de informação, desenvolvendo programas de ajuda à entrada de emigrantes, como o Student Work Permit (para trabalhadores-estudantes). Além disso, a nível salarial a remuneração é equilibrada e justa, por haver uma boa distribuição de riqueza no país. No caso de um licenciado em início de carreira, os salários são 5 vezes superiores relativamente a Portugal.
Espanha: O país vizinho foi também um dos 10 mais escolhidos para emigrar e acolhe muitos portugueses. Mais de 148 mil portugueses viveram e trabalharam em Espanha entre 2001 e 2011. No entanto, a faixa etária mais predominante é a dos 40-64 anos, o que pode mostrar uma certa alteração nesta tendência, especialmente motivada pelas crescentes taxas de desemprego que o país tem vindo a apresentar. No entanto, muitos estudantes portugueses da área da saúde continuam a aceder a universidades do país vizinho, graças à média de entrada ser mais baixa. Além disso, existem outras vantagens: a similaridade da língua e cultura, bem como a distância, o que ajuda à adaptação.
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